Ari Acioli Artista Plástico | São Paulo



 

Ari Acioli nasceu em Maceió, cidade da costa litorânea do nordeste brasileiro reconhecida por suas belas paisagens naturais. Desde criança até os dias de hoje sua visão de sua terra natal é marcada pelos mil tons verde-esmeralda do mar que banha as praias daquele lugar, um recanto tropical do país onde o sol, a luz e as cores dominam a paisagem, o que certamente o influenciou na busca de sua expressão estética. Desde a infância se destacou pelo apreço ao desenho e à pintura. A incursão, durante a adolescência, pela cultura local da música, da dança e do folclore, o conduziu a um refinamento dos sentidos e uma paixão cultivada pelas cores vibrantes, movimentos de fitas, contas coloridas, tecidos brilhantes, tudo acompanhado em ritmo de percussão e melodias marcantes.
Aos 18 anos, teve a oportunidade de passar um ano na Itália onde teve contato com obras clássicas da pintura, escultura e arquitetura, expandindo sua experiência de observação estética, e de tal experiência ficam gravados em sua memória os intensos tons azuis de Giotto. Retornando à sua cidade, dedica-se aos estudos de Arquitetura onde, além de aprofundar técnicas de projeto e de construção, busca se expressar exaustivamente com o desenho manual e artístico. Em 1993 ganha um concurso para pintura das cabines dos telefones públicos da cidade, onde sua arte, com a representação da cultura e do folclore local, foi vista por todos ao longo de toda a orla marítima.

Na segunda metade dos anos 1990 retorna à Itália onde reside por três anos. Nessa fase, explora aquarelas e pastel retratando paisagens de montanha e janelas das casas típicas das montanhas Dolomitas e das colinas da Toscana. Um dos seus trabalhos foi selecionado para uma exposição que reunia artistas internacionais na cidade de Incisa Valdarno, próximo à Florença.
A partir dos anos 2000, já de volta ao Brasil e vivendo na região Sul do país, integra um estudio de arquitetura dedicado ao projeto e construção de igrejas e espaços sacros, o que foi a chance de se aproximar dos afrescos e murais, mosaicos, modelagem em argila e vitrais, desenvolvendo estudos e produções com essas técnicas.
Paralelamente, desenvolve práticas em artes visuais no Atelier Livre Xico Stockinger (Porto Alegre - RS) e no atelier-escola do artista Carlos Olivares (Florianópolis - SC), tendo assim os primeiros contatos com a pintura a óleo de retratos, paisagens e naturezas-mortas, e participando de exposições coletivas locais.

Em 2017, residindo em São Paulo, associa-se ao MAM (Museu de Arte Moderna) e frequenta cursos de pintura com modelo vivo. No desejo de expandir o seu campo de expressão, se lança em executar pinturas-mural em ambientes de hotelaria, embelezando e trazendo personalidade aos espaços. "Passei a trilhar com afinco o caminho artístico como uma estrada para chegar à Verdade. Percebi cada vez mais que nada além disso importa."  E como resultado, em 2018 compõe a série "Diários", com desenhos em aquarela que expressam visualmente páginas de seu diário pessoal. Ele mesmo define aqueles trabalhos como "expressões visuais livres de cânones e de expressiva espontaneidade, fruto das ideias e do inconsciente". Desenvolve também uma série denominada "Abstratos", em pintura acrílica sobre painéis em grandes dimensões, onde explora tons, cores e formas diáfanas, alegorias e veladuras, resultando em obras singulares e de grande apuro técnico. Em 2019, ingressa na Barcelona Academy of Arts, em Barcelona-Espanha, onde se dedica à formação aos moldes da tradição clássica e dos preceitos do realismo através do método dos grandes ateliers acadêmicos do século XIX. E durante a sua temporada espanhola é convidado a integrar a exposição "El Mur" promovida pelo Ajuntament de Barcelona, onde apresenta a elogiada série de ilustrações "Danzas brasileñas", um leque de expressões da cultura e do folclore brasileiro oferecidas em forma lúdica e bela ao público catalão, exposição esta que foi estendida ao evento anual do Bairro de Poblenou (Poblenou Open Night).

De volta temporariamente ao Brasil devido à pandemia de 2020, Acioli continua explorando a arte figurativa-realista, desenvolvendo uma série de retratos e pinturas em que explora técnicas clássicas em carvão e pastel, prometendo ainda este ano uma exposição com essas obras. E paralelamente, se dedica à diagramação de ilustrações para o livro "Strande Land - - Experimental Piano Works for Children", by Daniel Rofer, a ser lançado em breve, em New York-USA.